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Foto do escritorPaulo Roberto de Albuquerque Melo Segundo

Defesa vegetal não marcial

Atualizado: 2 de out. de 2020

Se você imaginou uma planta gritando ‘uiaaaa!’, como o Bruce Lee, defendendo-se de uma lagarta faminta, ou uma árvore dando um ippon em alguém com uma motosserra, em plena floresta, sinto muito, mas como diz o Faustão: Erroooooouuuuuuuu!!!!! Existe uma classe ainda pouco conhecida da sociedade que cuida, dentre outras coisas não menos importantes, da proteção dos cultivos contra pragas “estrangeiras”, para que não entrem no nosso país ou para que não se espalhem, como glíter no carnaval (e glíter pra sair é bronca pesada). São eles: o Auditor Fiscal Federal Agropecuário (AFFA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA - lembram-se da operação Carne Fraca?) e o Fiscal Estadual Agropecuário (FEA). A grosso modo, eles são a “polícia”, a “tropa de elite agropecuária”, que elaboram instruções, portarias, leis e decretos. Fiscalizam o trânsito, a comercialização e o uso de produtos relacionados à Agropecuária, em portos, aeroportos, rodoviárias, fazendas, quintais e lojas agropecuárias, por exemplo. Apreendem, inutilizam, orientam, advertem e multam empresas e pessoas que trabalham à margem da lei e que prejudicam a agricultura e pecuária nacional. Também impedem, entre outras coisas, o uso, o armazenamento, o transporte, a venda e o descarte irregular dos agrotóxicos, colaborando para preservação do meio ambiente e saúde da população. Esses “Chapolins tupiniquins” guardam a agropecuária do Brasil com unhas, dentes, colete, canivete, papel e caneta, para que tudo chegue à sua mesa com a mesma segurança que uma pessoa monta para que ninguém pise no ambiente ao qual ela acabou de passar aquele pano molhado com pinho sol (ainda vou cobrar esse merchan). Todos os dias, incansavelmente, executam o que a lei determina, defendendo nossas lavouras e quintais em busca de invasores, estudando formas de proteção maiores que um protetor solar fator 100, para um agronegócio mais saudável e competitivo. A parte animal não fica atrás nem descoberta como panela de arroz. Fiscalizam, desde o trânsito de animais até a produção e venda e produtos de origem animal e veterinários.

Certificam os alimentos de origem animal e dão suporte ao controle das zoonoses (doenças animais que podem contaminar humanos, podendo provocar a morte).

O pós-pandemia será uma nova era (não aquela plantinha que cobre muros por várias localidades) para a fiscalização agropecuária e o comércio de produtos e subprodutos de origem animal e vegetal. Teremos que, obrigatoriamente, abandonar certas tradições e deixá-las para os livros, e-books e a imensidão da nuvem da internet a fim de podermos nos alimentar com mais segurança e por mais tempo, quem sabe até por um período maior que a “imortal” Rainha da Inglaterra.

Ao ser abordado por um AFFA ou FEA seja solidário, abra sua porteira ou sua porta! Ele está lá para ajudar o Brasil e você a destronar as ameaças para a agropecuária e coroar nosso agronegócio, amigavelmente!


*Paulo Melo Segundo é engenheiro agrônomo pela UFRPE, Fiscal Estadual Agropecuário na Adapi e escritor agrodivertido, criando assim o Segundo Agro, um portal de informação simples, direta e humorada.

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